sábado, 30 de janeiro de 2010

País Solidão


[foto retirada do banco de imagens do google]


Que país é esse?
onde não há alegria,
choram as pobres crianças,
o que vemos é fantasia.
e nem um pouco de esperança.

que país é esse?
onde "tudo" é sacanagem,
o povo sem mais coragem
de lutar por mais um dia.
crianças abandonadas,
já não sei mais a piada
que se chamava alegria.

Que país é esse?
que dizem ser muito rico,
quando rico é só o rico,
que rouba a população,
beneficia somente
a minoria da nação.

Que País é esse?
onde a desigualdade,
cresce mais a cada dia
ficando sem benefícios
uma grande maioria,
restando apenas solidão
a quem busca um novo dia.
QUE PAÍS É ESSE...

Gêlda Moura

Beijo Matador



Eu busco no tempo
solução pra minha vida,
E no tempo eu tento,
Esquecer-te margarida!
Fostes flor de minha alma
Quando fui adolescente,
Agora, amadureci.

E aos poucos descobri
Que fui muito inocente,
Tudo que eu tinha dei,
A minha querida flor
Agora resta em mim ,
A recordação do amor.

Amor que um dia vivi
E até me arrependi
Por ter sido beija-flor
O sempre que nós juramos,
Foi uma pena, acabou.

Agora, volto pra casa,
Vou pra debaixo das asas,
Das asas de um outro amor.
E quando o tempo chegar,
Eu quero alegre falar,
Que fui o próprio amor
E assim, já não mais beijo,
O teu beijo matador.

Gêlda Moura

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Nossa Mãe Imortal


Boqueirão minha cidade,

Tenho orgulho de dizer,

Que tua beleza encanta,

Todos que vem à você.

Quem vem volta com saudade

E quem parte quer voltar

Todos são bem acolhidos

Chegando nesse lugar

És a minha pátria amada

De águas tão cristalinas

Que abastece grandes cidades,

Como a Grande Campina

Em tamanho és pequena

Em harmonia sem igual

E você é com certeza,

A nossa mãe imortal

Boqueirão minha cidade,

Que acolhe os filhos teus,

Tens grandes diversidades

No comércio que cresceu

Do teu centro a outros bairros,

Encontro uma Bela vista

Seja de noite ou de dia,

Tu és mesmo magnífica

Em todas as tuas partes

Encontramos o talento,

De pessoas que trabalham

E garantem seu sustento.

Escritores, artesãos,

Pescadores e agricultores,

Responsáveis pelo pão

Que chega em nossa mesa

Tudo em forma de ação

És a mãe que guardará

O meu corpo nesse chão,

Eu te dou meus parabéns,

Por mais um ano de história,

Porque já fostes o berço,

De pessoas de outrora.

Por: Gêlda Moura


(Poesia vencedora do concurso literário: “Boqueirão Minha Cidade”, realizado pela ABES em 2009)

Noite Fria


Triste era aquele menino,

Que brincava de rua em rua

Na escura noite da cidade.

Solidão? Não era seu brinquedo

Preferido

Era sua companhia de todos os dias

Sua casa era qualquer lugar

Onde pudesse descansar seu

Corpinho franzino.

Podiam se ver as marcas

Das costelinhas por cima da

Camiseta

Suja e rasgada pelo tempo.

Destino?

Morrer de fome ou tornar-se

Bandido.

A fome doía mais do que uma bala

Encravada no corpo

Dos que tentavam sobreviver

Talvez a bala fosse a solução de

Seus problemas.

Sem pai, sem mãe. Ninguém

Um “cãozinho” sem dono.

Para não ser menino mau

Jogara-se debaixo de um carro.

Morre então, naquela noite fria

O menino que não tinha ninguém.


Por Gêlda Moura