Triste era aquele menino,
Que brincava de rua em rua
Na escura noite da cidade.
Solidão? Não era seu brinquedo
Preferido
Era sua companhia de todos os dias
Sua casa era qualquer lugar
Onde pudesse descansar seu
Corpinho franzino.
Podiam se ver as marcas
Das costelinhas por cima da
Camiseta
Suja e rasgada pelo tempo.
Destino?
Morrer de fome ou tornar-se
Bandido.
A fome doía mais do que uma bala
Encravada no corpo
Dos que tentavam sobreviver
Talvez a bala fosse a solução de
Seus problemas.
Sem pai, sem mãe. Ninguém
Um “cãozinho” sem dono.
Para não ser menino mau
Jogara-se debaixo de um carro.
Morre então, naquela noite fria
O menino que não tinha ninguém.
Por Gêlda Moura
Realidade fria, como os corações que não enxergam essa realidade, tão bem colocada em palavras fortes.
ResponderExcluirParabéns POETISA...
Gostei muito do blog. É isso ai! rsrs
ResponderExcluirParabéns viu!
Sem contar que a poesia é de primeira.
bjs
Mirtes Waleska
Tocante,muito realista também!
ResponderExcluirum poema pra refletir